A manhã do dia 29 de abril foi de emoção em dobro no Bairro Mário Quintana: pela primeira vez o cerimonial de nomeação de duas ruas foi feito de modo conjunto. A iniciativa de realizar uma celebração conjunta ganhou força porque além logradouros serem paralelos, também os homenageados eram irmãos, amigos e lideranças da Assembleia de Deus: Adão Ignácio Alves e Evaldo Machado dos Santos.
O cantor Everson Misael, neto do homenageado Adão Ignácio Alves, iniciou cantando uma música de louvor. Na sequência a Vereadora Psicóloga Tanise Sabino lembrou o exemplo de vida de Adão e Evaldo e falou da importância do nome de uma rua – tanto para oferecer dignidade aos seus moradores que podem ter um endereço para correspondências quanto para registrar valores éticos: “Quando falamos na Avenida Bento Gonçalves, por exemplo, lembramos de nosso herói farroupilha. O nome de uma rua é uma homenagem à memória e a família do homenageado. É importante deixar registrado também a contribuição dos irmãos Adão Ignácio Alves e Evaldo Machado dos Santos: pessoas simples, pais de família, lideranças da Igreja…pessoas mas com valores cristãos muito preciosos que devem ser mantidos e multiplicados”. A Vereadora também comentou o processo necessário para oficializar a nomeação de rua e outro fato inédito neste trâmite: “Fazemos um projeto de lei e ele precisa ser aprovado pela Câmara de Vereadores. E é com alegria que compartilho que ambos projetos foram aprovados por unanimidade!”.
O Pastor do Distrito Safira, José Vargas também trouxe uma palavra aos presentes, lembrando a história Bíblica do profeta José e destacando: “precisamos honrar nossos obreiros”. Disse ainda que “muitas vezes, temos o costume de honrar pastores, o que é bom, é claro. Mas ao lado de um pastor, tem muitos irmãos simples, que não aparecem. E aqui estamos honrando estes irmãos, que sempre estiveram ao lado dos seus pastores, ajudando na obra do Senhor”.
Também o Pastor Clodomiro Silva, do Distrito Leopoldina, onde Evaldo era tesoureiro, trouxe uma saudação, lembrando o Salmo que diz “os passos de uma pessoa boa são conhecidos sobre a terra” e elogiando a iniciativa da homenagem: “é louvável o propósito de fazer grande a nossa cidade e honrar a memória daqueles que já partiram”.
Oséias Machado, neto de Evaldo confessou que por ser um momento de grande emoção, preferiu escolher um versículo para registrar a gratidão da família com a homenagem. Ele citou Apocalipse 14:13-14 “Então ouvi uma voz dos céus, dizendo: “Escreva: Felizes os mortos que morrem no Senhor de agora em diante”. Diz o Espírito: “Sim, eles descansarão das suas fadigas, pois as suas obras os seguirão”.
Vilma Alves, filha de Adão, destacou: “meu pai nos deixou três valores muito fortes: família, igreja e trabalho. E esta rua que hoje recebe o seu nome, faz parte do nosso trajeto, quando pegamos o ônibus para ir ao centro de Porto Alegre e cada vez que passarmos por ela lembraremos com carinho deste legado”.
O evangelista Eliéser, genro de Adão, encerrou o momento de homenagem com uma oração seguida de mais uma canção de louvor de Everson Misael.
As placas foram descerradas e seguiu o clima de confraternização, com familiares e amigos lembrando com carinho histórias de Adão e Evaldo, que eram muito conhecidos e queridos no bairro.
Sobre os Homenageados
Adão Ignácio Alves. Natural de São Luís Gonzaga, era casado com Araci dos Santos Alves com quem teve duas filhas: Vilma e Léa. Avô de três netos, teve, também, duas bisnetas. Residente do bairro Mário Quintana, na Vila Safira, onde era conhecido por todos os vizinhos devido a sua gentileza e generosidade. Foi também proprietário de uma das primeiras sapatarias da região, exercendo o ofício de sapateiro com muito esmero. Fez parte da liderança distrital do Jardim Leopoldina por 20 anos.
Evaldo Machado dos Santos. Natural de Candelária, era viúvo e pai de 6 (seis) filhos: Maria Lúcia, José Genésio, Romar Raimundo, Mariano Narciso, Antônio Moacir e Márcia. Tinha 4 netos: Oséias, Osias, Roberto e Miquéias e 6 bisnetos: Lucas, Luiz Fernando, João Pedro, Pedro Henrique, Ana Laura e José. Residia no bairro Mário Quintana, na Vila Safira, onde era conhecido por todos os vizinhos, devido a sua gentileza e generosidade. Tinha o hábito de carregar balas e presentear as crianças, sendo assim muito querido por elas.
Presbítero da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, serviu ao Senhor até os últimos momentos de sua vida, quando de forma natural foi chamado a estar ao lado do Senhor.