A história de 20 anos do Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (Caps I) Casa Harmonia, que integra a rede da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), foi destaque em seminário nesta sexta-feira, 25. O evento ocorreu à tarde, na Faculdade de Educação da UFRGS, com momento cultural, debates e vídeo comemorativo.
A programação contou com a participação do grupo Nau da Liberdade e apresentação da equipe sobre o trabalho desenvolvido no serviço, que acompanha cerca de 120 crianças e adolescentes de zero a 18 anos com sofrimento psíquico grave ou moderado, cada um com projeto terapêutico singular.
Entre os temas em pauta, foram abordados os desafios e possibilidades da saúde mental infantojuvenil construída em redes, atualidades e perspectivas. Integraram o seminário representantes da rede intersetorial de Porto Alegre e profissionais da saúde, além dos palestrantes Ricardo Lugon Arantes, médico psiquiatra da infância e adolescência, e Bruna Lidia Taño, terapeuta ocupacional. A coordenadora da área de Saúde Mental da SMS, Cristiane Stracke, acompanhou a programação e a vereadora psicóloga Tanise Sabino.
Na abertura, a vereadora psicóloga Tanise Sabino parabenizou o trabalho do Caps Harmonia. “Eu iniciei o meu mandato como vereadora e uma das primeiras ações foi fazer um roteiro de visitas em todos os caps em Porto Alegre para conhecer a realidade e as dificuldades de cada local. O caps harmonia foi um dos primeiros que visitei e percebi a dedicação e o compromisso de cada profissional de saúde que trabalha neste caps. Quero compartilhar ainda, que como vereador, podemos destinar emendas impositivas, e umas das minhas emendas foi a indicação de dois carros locados com motoristas para os profissionais dos caps, bem como aquisição de materiais pedagógicos para as oficinas. O compromisso do meu mandato é com a saúde mental. Além disso, estamos lutando junto ao prefeito e a SMED para se tornar realidade a lei 13.935/2019 que prevê mais psicólogos e assistentes sociais nas escolas”.
Caps I Casa Harmonia – a atuação dos profissionais é feita a partir de atendimentos individuais, em grupos e oficinas. Faz parte do plano terapêutico o acompanhamento com pais, mães, avós e responsáveis. “A ideia é resgatar a relação das crianças e adolescentes com a vida social, a família, amigos e escola”, diz a psicóloga e coordenadora Flavia Darski. Além disso, os profissionais dão suporte e articulam as intervenções de maneira intersetorial com escolas, espaços de assistência social, de acolhimento institucional e conselho tutelar.
A equipe é interdisciplinar, composta por duas psicólogas, duas psiquiatras, pediatra, terapeuta ocupacional, fonoaudióloga, enfermeiros, técnicos de enfermagem, monitores e equipe de apoio. Também conta com a atuação de estagiários e alunos residentes em saúde mental coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Unisinos.
O espaço recebe encaminhamento das unidades de saúde e atende as regiões Centro, Sul Centro-Sul e Restinga Extremo-Sul da Capital. O atendimento ocorre de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, na avenida Loureiro da Silva, 1995. É o único da cidade mantido pela prefeitura.
Texto: Vanessa Conte e assessoria da vereadora Tanise Sabino
Edição: Gilmar Martins